O consumo total de energia dos edifícios representa cerca de 40% da energia consumida no continente europeu e cresce ano a ano a importância de produzir e operar edifícios cada vez mais eficientes do ponto de vista energético.
As preocupações com a eficiência energética dos edifícios começaram no final do século passado e prova disto é que em 1992 surgiu na França a norma HQE – High Quality in Edifications, no Brasil conhecida por AQUA e no ano seguinte a norma LEED nos EUA, criada pelo United States Green Building Council.
As certificações, inicialmente buscadas como ferramenta de marketing que pretendiam demonstrar que as empresas proprietárias dos edifícios certificados se preocupavam com questões ambientais, logo assumiram importância capital na viabilidade dos negócios quando foi constatado que o custo de operação dos edifícios se beneficiava dos estudos de
sustentabilidade e eficiência energética propostos pelas certificações HQA e LEED.
Neste ponto, os estudos de sustentabilidade e eficiência se fundem ou pelo menos participam ativamente dos cálculos de TOC – Total Ownership Cost, que avalia a viabilidade dos empreendimentos sob a ótica do custo total e não somente do custo de construção/implantação.
No custo total, se encontram também os custos de manutenção, operação e inclusive o custo de salários e insumos consumidos no interior da edificação, verificando-se que a soma destes são um múltiplo do custo inicial de construção o que demonstra que este deve ser avaliado a luz daquele.
A rápida evolução, cada vez mais acelerada, esteve representada nas edificações construídas por Lamb Construções. Em 2012, com conclusão em 2014, a empresa foi responsável pela construção do Hotel Ibis Budget, no centro de Porto Alegre.
Com 18 pavimentos, 324 apartamentos e 11.000 m² de área construída, o desafio transcendeu à missão de presentear aos hóspedes com a linda vista para o Lago Guaíba. Tendo sido uma das poucas obras entregues dentro do prazo para a Copa do Mundo em Porto Alegre, a execução durou 18 meses e contou com diversas restrições logísticas.
A localização exigiu que todo o material chegasse apenas por uma via de acesso, a Av. Mauá, uma vez que caminhões de carga não podem circular pelo Centro Histórico da cidade. Fora isso, ainda havia impossibilidade de estocagem de material no local da obra, o que elevou a exigência por um planejamento de logística just in time – com os suprimentos corretos, chegando no momento correto e em quantidades apenas as necessárias para o momento da aplicação. Tratou-se da construção do Empire State Building em muito menor escala.
Quanto à sustentabilidade, o cliente não exigiu a certificação LEED ou AQUA mas já estavam presentes diversos itens que aumentaram a eficiência do edifício, tais como sistemas inteligentes de ar condicionado, sistema de aquecimento solar para a água e sistema de tratamento de esgoto do hotel e reuso da água cinza.
Já em 2015, com entrega em 2016, a empresa foi responsável pela construção de prédio administrativo de tradicional rede varejista de vestuário na capital gaúcha. Com área total de
aproximadamente 30 mil metros quadrados e situado em Porto Alegre, o edifício administrativo foi um dos primeiros projetos no RS planejado com características sustentáveis para buscar a certificação Leed Gold o que contribuiu para que a empresa obtivesse a certificação de empresa sustentável e a reclassificação de suas ações na bolsa de New York.